17 de dez. de 2007

PROJETO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA CAATINGA


O Projeto Rio, Educação, Floresta e Desenvolvimento Sustentável estar sendo realizado pelo Instituto de Ecologia Social Carnaúba com a parceria do Fundo Nacional do Meio Ambiente – FNMA, Ministério do Meio Ambiente, Governo Federal. Para melhor compreensão e entendimento do público trabalhado, intitulamos o projeto como: PROJETO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA CAATINGA.

O Projeto tem atuação em 08 municípios: Sobral, Meruoca, Alcântaras, Forquilha, Cariré, Groairas, Santana do Acaraú, Massapé. Iniciamos as atividades deste projeto na realização de oito “Seminários Desenvolvimento Sustentável da Caatinga” um por município trabalhado pelo projeto. Os mesmos foram realizados nas sedes dos Sindicatos do Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais o qual tivemos como parceiros na realização dos seminários. Obtivemos ainda, a participação do dr. João Ambrósio Araújo Filho (Pesquisador da EMBRAPA e Prof. Da Universidade Estadual Vale do Acaraú) que realizou palestra em todos os seminários.

Nos seminários identificamos os agricultores familiares que iriam participar do projeto. A partir da ir, já íamos formando as turmas para participarem dos cursos que serão desenvolvidos pelo projeto.

Os cursos estão sendo realizados no Centro de Treinamento da Meruoca, cada curso como uma carga horária de 20 h/a. Três cursos já foram realizados: 1)Curso em Agrofloresta e Manejo Sustentável de Áreas Nativas e Reflorestamento. 2)Curso de Capacitação em Manejo Florestal com ênfase na Caatinga. 3) Curso de Capacitação em Legislação Ambiental Auto-Avaliação de suas Propriedades e as medidas Saneadoras.

O Curso é composto por aulas teóricas e práticas. Como a turma é formada por agricultores/as da Serra e do Sertão, estamos trabalhando com possibilidades agrícolas para os dois ambientes. Para tal, a turma já esteve visitando a comunidade Santo Elias na Meruoca, conhecendo o trabalho desenvolvido pelas famílias em implantação de Sistemas Agroflorestais. Realizou uma aula de campo na EMBRAPA, estudando a experiência do dr. João Ambrósio em Manejo Sustentável para a Caatinga, com a prática em Sistemas Agrossilvopastoril, há dez anos em desenvolvimento, implantado (na Fazenda Crioula) na área da EMBRAPA CAPRINOS na Cidade de Sobral. Visita técnica ao roçado ecológico na comunidade poço salgado, Assentamento Conceição Bomfim – Santana do Acaraú.

12 de dez. de 2007

ENCONTRO DOS EX-ALUNOS DO CURSO DE MULTIPLICADORES


O ano de 2007 se aproxima de seu final. E como acontece todo ano, chega a hora de desejar a todos um feliz natal e próspero ano novo. Porém, para nós gente do semi-árido é hora de olhar para o céu, de olhar as nuvens, e desejar que chova em abundância enchendo açudes e cisternas.

Porém é hora de planejar as atividades do ano que vem. E dentre as atividades a serem incluídas no planejamento está o “ENCONTRO DOS ALUNOS DO CURSO DE MULTIPLICADORES EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS” no dia 08/02/2008.

O ultimo encontro da turma aconteceu em 08/02/2007, no Centro de Treinamento da Meruoca. E neste ultimo encontro discutimos Sócio Economia Solidária, fizemos um levantamento das dificuldades encontradas em atuar, o problema da terra, a dificuldade de coletar sementes nativas, a incompreensão da população, a falta de recursos financeiros etc.

Portanto convocamos à todos para interagir na rede, via comunidades de relacionamentos, lista de discussão, para construímos uma proposta de encontro. Precisamos definir a pauta, tema do encontro, viabilidade econômica etc.

FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO.

PROPOSTA:
Data: 08/02/2008
Local: Centro de Treinamento da Meruoca.

Abraço a TODOS!!!!

26 de nov. de 2007

INSTITUTO CARNAUBA MOBILIZA 450 PRODUTORES PARA O PROJETO RIO, EDUCAÇÃO E FLORESTA


O projeto Rio, Educação e Floresta busca o Desenvolvimento Sustentável da Caatinga, têm como objetivo capacitar e acompanhar 240 Produtores da Agricultura Familiar na implantação de Sistemas Agroflorestais, em 04 anos, nos municípios de Cariré, Groaíras, Forquilha, Sobral, Massapê, Alcântara e Meruoca. É financiado pelo FNMA- Fundo Nacional do Meio Ambiente, do Ministério do Ambiente e executado pelo Instituto de Ecologia Social Carnaúba.

Como estratégia de mobilização e sensibilização dos produtores, realizou-se 08 Seminários, sendo 01 por município, com o objetivo de expor as propostas do projeto.

A realização dos seminários em sua maioria aconteceu na sede dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais. Em Sobral aconteceu no Auditório Dom Walfrido, e o de Meruoca no Centro de Treinamento da Diocese. No total participaram 448 pessoas nos 08 seminários.

Na primeira parte dos seminários aconteceram a palestra Desenvolvimento Sustentável da Caatinga, proferida pelo Dr. João Ambrósio Araújo Filho, ex-pesquisador da EMBRAPA CAPRINOS, e professor do Curso de Zootecnia da Universidade Estadual Vale do Acaraú. O professor Ambrósio é reconhecido por suas pesquisas na área de manejo da caatinga, sendo considerado um dos profissionais com maior experiência em manejo agrosilvopastoril.

Nas palestras o professor Ambrósio aborda a situação de degradação atual do Bioma Caatinga, mostrando dados das perdas de solo, a diminuição da pluviosidade, a erosão da fauna e flora, ou seja, como o bioma caatinga se encontra hoje na realidade.

Para o professor Ambrosio, “ na estrutura fundiária dos sertões nordestinos coexistem os dois extremos de sua perversidade: de um lado o latifúndio improdutivo, do outro o minifúndio degradado e em decadência produtiva. O segundo caso, embora abarque a vasta maioria dos produtores, cobre baixo percentual das terras. Ele detém o grosso dos rebanhos bovino, ovino e caprino e é responsável direto por cerca de 60% da produção do que colocamos em nossa mesa. Porém, a necessidade de produzir o seu sustento leva esses agricultores a explorar sistemas de produção que pressionam os recursos naturais renováveis além de sua tolerância ecológica, induzindo assim processos degradativos dos ecossistemas da caatinga, com perdas da solo pela erosão, da biodiversidade da fauna e da flora pelo extrativismo predatório e declínio da produção agrícola e pastoril a níveis incompatíveis com a geração de uma renda sustentável. Os dados atuais, em condições favoráveis de chuvas, são de 400 kg de grãos 2,8 kg de carne e 3,5 estéreos de madeira por hectare e por ano!”

Ainda segundo professor Ambrosio “Configura-se, pois um quadro de urgência da busca de alternativas de sistemas de produção que respondam pelo incremento da renda e pela redução dos processos degradativos e recuperação dos ecossistemas. Neste contexto, a exemplo do vem ocorrendo em outras partes do mundo com problemas idênticos, a opção pelos sistemas de produção agroflorestais apresenta-se como, possivelmente, a melhor alternativa. Esses sistemas agrícolas baseiam-se no uso de processos de produção de baixo impacto e que modelam o campo de produção agrícola nos moldes dos ecossistemas naturais, no que tange à manutenção dos ciclos geobioquímicos fechados, preservando as árvores, como garantia da circulação de nutrientes e reduzindo ao máximo a dependência de insumos externos, ou seja, tornando-os sustentáveis”

O assunto chamou a atenção dos produtores, pois na apresentação puderam visualizar os efeitos das práticas extrativistas do uso do fogo e pesticidas. Alguns relataram que nas épocas dos seus avós e pais era possível ver árvores e animais silvestres que hoje já não se ver. A identificação com as situações é imediata.

Em seguida o projeto Rio, Educação e Floresta é apresentado aos produtores, onde são apresentado as metas e atividades previstas para os 4 anos. Após a apresentação os produtores esclarecem duvidas, e então são chamados a aderir ou não ao projeto.

O publico atendido nos seminários foram bastante variados, com participação de homens e mulheres agricultores. Chama à atenção a presença marcante em todos os municípios de agricultores sem terra, que trabalham nas terras de terceiros, representando um limitante para o projeto, pois muitos destes proprietários não têm compromisso com o meio ambiente.

A vontade de trabalhar a agroecologia é marcante nesses agricultores, porém, a falta da terra compromete o interesse, pois não podem plantar arvores para produção de frutas e madeira, por conta de que os proprietários não permitem com receio que um dia venha a indenizações e perda da terra para os agricultores.

A situação os deixa preocupados, pois segundo os produtores as práticas do fogo e a extração de madeira não têm previsão para parar. E o tempo em que haverá muita fome e sede chegará, e a busca por comida e terra será com grande luta. Segundo a opinião de muitos não estar longe de acontecer, pois hoje a baixa produção e a falta d’água já castiga e compromete a vida dos agricultores/as e seus filhos.

Com o debate nos seminários concluímos que a luta pela terra ainda não é uma questão resolvida em nossa região; que parte dos sindicatos e os agricultores organizados estão sensibilizados para a preservação do meio ambiente. Mas em terras alheias não se faz agricultora sustentável, nem tão pouco reflorestamento.

19 de out. de 2007

2ª Romaria da Terra da Diocese de Tianguá aconteceu em Granja-CE.


A 2ª Romaria da Terra da Diocese de Tianguá aconteceu no dia 12 de outubro na cidade de Granja. A programação da Romaria terá inicio às 6 horas da manhã com a acolhida aos romeiros na entrada da cidade, seguindo-se em caminhada para Praça da Matriz onde aconteceu uma celebração eucarística, presidida por Dom Xavier, bispo da Diocese de Tianguá, concelebrada por diversos padres da diocese. O tema celebrado este ano é "Conquistar a terra a caminho da libertação." A diocese, comunidades, paróquias, pastorais sociais, CEBs e Organismos, participaram da organização do evento, que segundo os organizadores teve a participação de 2 mil pessoas. Após a celebração, foi facultada a palavra onde diversos oradores usaram a palavra, a maioria relataram suas experiências de vida e sobre a realidade do campo e da cidade. Em seguida, todos seguiram em caminhada pelas principais ruas da cidade de Granja até o ginásio poli esportivo arrudinha onde houve a partilha dos alimentos. Em seguida foi feito a avaliação final e benção dos romeiros e envio. Segundo os organizadores Granja não foi escolhida por acaso, já que é um dos municípios de maior extensão territorial, e ainda com muitas propriedades sendo sub utilizadas. A 2ª. Romaria da Terra foi organização organizada Pastorais Sociais da Diocese de Tianguá.
O Instituto Carnauba foi representado no evento pelo Expedito Torres e Francisco Junior.

27 de set. de 2007

ONGs do território de Sobral, visitam produtor no Baixo Acaraú.


Cerca de 35 Jovens, capacitados pelo programa de Assitencia Técnica através de m Convênio entre o MDA e Fundação CIS, mais técnicos do Instituto Carnauba, e CAPACIT - Centro de Capacitação e Elaboração de Projetos, visitaram a propriedade do Sr. Lacerda Souto, no Perímetro Irrigado do Baixo Acaraú, no municipio de Marco.

A propriedade se destaca por não seguir a risca, o indicativo da nono cultura que nomalmente acontecem nestes locais. Lá há um integração entre os diversos sistemas produtivos. Galinhas produzem estergo que é utilizado para adubar a horta ou as futeiras. O gado segue a mesma lógica, e assim acontece com a horta.

Lacerda recebeu orientação da EMBRAPA futicultura, e assim ele começou um processo de produção natural de consórcio de fruteiras, capim e ou plantas forageiras, permitindo assim que a propriedade gerasse receitas continuas, para assim possa bancar os custos dos insumos.

A propriedade conta com dois empregados permanentes, que moram com suas respectivas.

Os jovens ficaram muito cuiosos, fizeram muitas perguntas sobre o sistema, como era a remuneração, como ele comercializava os produtos etc.

Na avaliação geral, os jovens aprovaram a visita, pois ofereceu aos participantes exemplo concreto de produção. Naturalmente foi destacado as boas condições que a propriedade dispoe, tais como energia eletrica, água e um proprietário que é Engenheiro Agronomo.

26 de set. de 2007

A VIDA NO SEMI-ÁRIDO É DISCUTIDA EM SEMINÁRIOS


O Bioma Caatinga, é o tema de 8 seminários com o tema “ Desenvolvimento Sustentável da Caatinga”, promovido pelo Instituto Carnaúba, nos municípios de Forquilha, Cariré, Groairas, Meruoca, Alcântaras, Santana do Acaraú, Massapê e Sobral.

Os seminários terão palestras do Dr. João Ambrosio, professor do Curso de Zootécnica da UVA, e pesquisador da EMBRAPA. O professor é defensor do uso sustentável da Caatinga, tendo desenvolvido técnicas para serem aplicadas. O Professor fará uma análise da situação atual e perspectivas para o futuro.

O primeiro seminário aconteceu no dia 18 de setembro na cidade de Forquilha, das 8 às 12 horas, na sede do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, destinada a produtores rurais, lideranças comunitárias, técnicos, estudantes e representantes da sociedade civil. O segundo em Tapuio, cidade de Cariré, dia 20. Os demais seminários serão: Groairas dia 26/09, Meruoca dia 27/09, Alcântaras dia 03/10, Santana do Acaraú dia 04/10, Massapê dia 10/10 e Sobral dia 11/10.

Na ocasião, os técnicos do Instituto Carnaúba, apresentarm o Projeto Rio, Educação e Floresta, que conta com o apoio do FNMA – Fundo Nacional do Meio Ambiente, voltados para atuação nos 8 municípios e que terá duração de 04 anos. O projeto visa capacitar e acompanhar cerca de 240 produtores.

Os seminários dão oportunidade para que todos os segmentos dos municípios possam opinar e propor ações tanto para a sociedade como para o poder público executar, na busca de soluções para os graves problemas ambientais e econômicos.

A Caatinga é um dos biomas brasileiros mais ameaçados, pois vem sofrendo graves agressões, desde o século XVI. Para maiores informações: Instituto Carnaúba à Rua Dr. João do Monte, 917 - Centro Sobral – CE - E-mail: carnauba@carnauba.org - Telefone: 88. 3611.8124